5 boas práticas de pré-venda em projeto AV para o mercado educacional
Nos últimos meses, o tema da educação esteve mais presente do que nunca na mídia, nos encontros familiares e nas conversas com os amigos. A pandemia mudou radicalmente a maneira como milhões de estudantes em todo o mundo assistem às aulas e as instituições educacionais acharam necessário fazer vários ajustes dinâmicos para continuar com os programas escolares.
Da nossa indústria, falando em soluções tecnológicas audiovisuais, podemos ajudar o setor da educação a superar estes novos desafios, seja na concepção de ambientes de aprendizagem flexíveis, na especificação de técnica de salas de aula híbridas ou na renovação dos sistemas existentes. E sem dúvida, a melhor forma de abordar um novo projeto neste mercado é através das boas práticas desde a fase de pré-venda.
Em um de nossos recentes Webinars da AVIXA, o experiente Felipe Hoyuela, Gerente de Operações, e Ricardo Campos, Vice-Gerente de Desenvolvimento de Projetos da empresa Videocorp, compartilharam seus conhecimentos e sugestões de melhores práticas para iniciar um projeto no caminho certo.
dpictureO primeiro passo é iniciar o relacionamento ouvindo o cliente para começar a alinhar suas expectativas. Ajudar-lhe a distinguir entre seus desejos e reais necessidades é fundamental para definir o escopo e as limitações do projeto, além de adequá-lo a um orçamento específico.
Prática recomendada 1:
Desde a primeira abordagem é importante identificar se o cliente possui um especialista ou alguém com experiência anterior na área de tecnologia AV, pois a sua participação certamente facilitará o processo inicial. Felipe e Ricardo alertam que, ao contrário das faculdades, nas escolas de educação básica é raro encontrar um responsável pela área de AV, por isso o integrador deve assumir o papel de consultor.
Prática recomendada 2:
A coleta de informações é a segunda melhor prática a ser considerada no processo de pré-venda. O integrador deve evitar cair no erro de presumir que, uma vez que conhece as condições de uma sala de aula, já conhece todas as salas de aula do mesmo campus.
Esta tarefa deve ser realizada pessoalmente para aproveitar a oportunidade de captar todas as informações, por escrito, com imagens e em formato pré-determinado, das condições particulares de cada espaço, desde a sua localização geográfica, às dimensões, tecnologia disponível, dutos para cabeamento, protocolo de porta USB utilizado, pontos de conexão Ethernet e de energia elétrica, entre outros aspectos.
Um levantamento rigoroso de informações ajudará a preparar um bom orçamento e também a avaliar se há possibilidades de reaproveitamento ou reforma de equipamentos, já que nem sempre são necessários cem por cento de novas instalações.
Ao participar de uma licitação, em que haja impossibilidade de visita ao local, é imprescindível solicitar todos os planos e listas de inventário disponíveis, além de fazer o documento de liberação de responsabilidades, caso as informações recebidas não correspondam a realidade.
Prática recomendada 3:
O terceiro aspecto do processo de pré-venda é considerar a importância dos recursos audiovisuais. Felipe Hoyuela recomenda definir as necessidades de áudio (alto-falantes, microfones, processamento, materiais acústicos) antes de mais nada, “se em uma sala de aula híbrida não há áudio claro, inteligível e com cobertura adequada, então o processo de aprendizagem não pode ocorrer”, afirma.
O especialista ressalta que, uma vez integrada a solução de áudio, o vídeo oferece uma margem de manobra maior, já que nem todos os espaços requerem câmeras ou telas 4K UHD, portanto uma qualidade intermediária poderia satisfazer as necessidades e otimizar o orçamento.
Felipe sugere que se preste muita atenção à escolha, dimensões e localização das telas de projeção e dos próprios projetores de vídeo, pois uma instalação ruim terá um impacto negativo e qualquer alteração exigirá o uso de muitos recursos.
Prática recomendada 4:
Entender como as aulas são ministradas em cada sala de aula ou auditório é o quarto aspecto de um bom processo de pré-venda. Ricardo Campos destaca a importância de visitar cada espaço dedicado ao aprendizado para entender o estilo de ensino, a duração das aulas, os recursos utilizados para compartilhar conteúdos (vídeo, áudio, apresentações) e entender a importância do uso do quadro negro.
Todas essas informações serão muito úteis para definir as soluções audiovisuais para cada espaço. Por exemplo, enquanto uma sala de aula dedicada à matemática, na qual o quadro negro tem um papel protagonista, será necessário um sistema de digitalização do conteúdo que o professor coloca no quadro; um auditório, mais focado na fala de um palestrante, precisará de telas, projetores, câmeras, sistemas de automação e controle de áudio e vídeo para chamar a atenção de um público maior.
Prática recomendada 5:
A quinta recomendação da equipe de especialistas da Videocorp é estabelecer a capacidade de dimensionar a solução proposta. Felipe e Ricardo partem da ideia de gerar relacionamentos de longo prazo com os clientes, estreitando laços com ações positivas que se acumulam ao longo do tempo. Um bom ingrediente para isso é explicar detalhadamente como uma solução está pronta para o futuro.
O integrador deve fornecer uma visão geral da velocidade estimada de mudança da tecnologia que ele pretende usar em um projeto. Se a operação do sistema pode ser automatizada em uma etapa futura ou se é possível monitorar seu funcionamento remotamente através da rede.
Com essas informações o cliente se beneficia, pois terá maior certeza do projeto e mais argumentos para decidir seu investimento. Mas também abre a porta para mais oportunidades de negócios para o integrador. Por exemplo, se o sistema for automatizado e operar em rede, o integrador terá a possibilidade de oferecer serviços de atualização de software, gerenciamento remoto do sistema ou manutenção preventiva.
Por fim, é convidado a contabilizar os erros mais comuns cometidos nos processos de pré-venda. Cada integrador sabe em quais aspectos falhou anteriormente, por isso seria essencial que o documento de coleta de informações incluísse as perguntas ou a solicitação dos dados necessários para não cair em erros onerosos.